Hospital Nossa Senhora Aparecida lança campanha de anistia aos hospitais filantrópicos
O
Hospital Nossa Senhora Aparecida de Camaquã lança a campanha de apoio a projetos
que anistiem as dívidas dos hospitais filantrópicos. A proposta prevê o parcelamento dos débitos
das santas casas de Misericórdia e dos hospitais de natureza filantrópica
quanto a valores devidos e não recolhidos oriundos de débitos tributários e
previdenciários.
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Entenda o assunto:
Em artigo publicado em 15/9, no jornal O Estado de S.
Paulo, o presidente da CMB, Mirocles Véras, ressalta que a pandemia da Covid- 9
mostrou que o Brasil tem um sistema de saúde consistente, mas que necessita de
aperfeiçoamentos para seguir adiante e não sofrer retrocessos. O presidente
também ressaltou a fundamental participação das Santas Casas e hospitais
filantrópicos no SUS.
Essas instituições tornaram possível a criação do SUS com
a disposição da sua infraestrutura de atendimento. Sem seus hospitais e
profissionais seria inviável até pensar numa rede pública para toda a
população.
A rede sem fins lucrativos é responsável por 43% de todas
as internações hospitalares (mais de 5 milhões) e 70% dos atendimentos de alta
complexidade no SUS. Dos 189 mil leitos de sua rede, 130 mil (69%) são
destinados ao sistema público e em quase mil municípios do Brasil as Santas
Casas e os hospitais sem fins lucrativos são os únicos equipamentos de
atendimento público à população.
A parceria, no entanto, está ameaçada. Desde 2015, 182
instituições sem fins lucrativos paralisaram as atividades e fecharam 9.500
leitos. O motivo foi principalmente o subfinanciamento dos serviços prestados
ao SUS, que remunera há vários anos somente 60% do custo real do que é
entregue.
No entanto, quando se analisa a situação geral das
entidades filantrópicas, diga-se novamente, as grandes parceiras do SUS, é
exposta uma situação de grave crise financeira.
Enfrentam endividamento tributário, junto a Fazenda
Nacional a muitos anos, que poderiam ser resolvidos pelo Prosus - Programa de
fortalecimento das entidades privadas filantrópricas e das entidades sem fins
lucrativos que atuam na área de saúde), Lei nº 12.873/2013, regulamentado pela
Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3/2014 e suas alterações, mas que a maioria das
entidades não conseguiram acessar devido a burocracia e exigências solicitadas
pela entidade financeira encarregada da análise.
Artigo completo:
https://federacaors.org.br/aprimorar-a-parceria-com-as-santas-casas-e-vital-para-o-sus/