Vamos estimular a fala do bebê?

A primeira coisa que o bebê faz ao encarar o mundo pela primeira vez é se comunicar. Isso acontece através do choro – som que traz o primeiro sinal de alívio às mães que acabaram de dar à luz. Aos olhos dos outros, choro é choro. Mas para quem convive com o bebê, choro é fome; choro é fralda suja; choro é sono; choro é manha. Choro é a maneira que ele tem de informar o que está acontecendo, mesmo sendo tão pequenininho.

A medida que o tempo vai passando, a comunicação correta é uma conquista. Quem esquece o primeiro “mamãe” ou o primeiro “papai”? Além disso, uma fala muito cheia de personalidade se estabelece. Mas não quer dizer que ela seja a mais adequada. Por mais que você entenda o que o pequeno quer dizer, repetir as palavras daquela maneira pode prejudicar o desenvolvimento da linguagem. Quer um exemplo? Em vez de “cachorro”, o seu bebê, diz “au au”. É fofo? Muito! Mas ele nunca saberá reproduzir corretamente a palavra certa se não for ensinado.

Por isso a integração com o mundo é tão importante. Parece um pouco frio, mas se comunicar com o bebê de uma forma “madura”, sem fazer as famosas vozes infantis, pode trazer muitos benefícios a ele. Ele erra, você fala da maneira correta e ninguém precisa ser corrigido – apenas falado de forma que internalize naturalmente, no tempo dele. Já experimentou o exercício? Dê uma chance. Pode ser que você se surpreenda.

Histórias não só na TV
Em um universo infantil dominado por desenhos infantis intermináveis, a famosa historinha antes de dormir pode ficar de lado. Mas ela é uma ótima forma de estimular a fala. Pergunte a um fonoaudiólogo da sua confiança. Ler uma história de um livro da faixa etária do pequeno pode trazer inúmeras vantagens, pois muitos deles estimulam os sons da natureza e dos animais de forma lúdica e divertida. Por isso, não as dispense.

Contato com outras crianças:
As crianças estão entrando cada vez mais cedo para os ambientes escolares. Mas não necessariamente essa seja a realidade de todas as famílias. Independente de frequentar ou não uma creche, é indispensável o contato com outras crianças da vizinhança, ou seja lá de onde for. Eles aprendem a dividir e principalmente se expressar.

Narrando o que vê:
“Olha o sapo”, “olha a nuvem”, “olha o ônibus”. Essa cena lhe é familiar? Por mais comum que seja, mostrar ao bebê as coisas a sua volta e pronunciar as palavras corretamente pode ajudá-lo a entender as coisas de uma maneira mais rápida e natural. Mas, é claro, não esqueça de respeitar o tempo dele, que em uma média de dois anos, já deve começar a formular algumas frases completas, se tudo estiver bem.

Respire fundo:
Desacelere. Nós, adultos, somos muito ansiosos e preocupados a ponto de esquecermos que o bebê ainda vive em um tempo diferente. Se você notar algum atraso, não pense duas vezes antes de consultar um especialista: ele poderá indicar seguramente se as coisas estão no caminho certo ou se será necessário iniciar algum procedimento. Mas, na maioria das vezes, manter a calma é a melhor solução. Aproveite cada fase do jeitinho que elas são e se encante com a mágica de um olhar infantil ao mundo! Quem sabe ele também não tem muito a lhe ensinar?


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