Com o inverno batendo à porta e o vento gélido fazendo as janelas vibrarem, já se sabe: declara-se aberta a temporada das doenças respiratórias. Ambientes fechados propensos à circulação de diversos tipos de vírus, umidade do ar alterada e pronto, temos a combinação certa para motivar desde os resfriados mais leves até a manifestação de todas as “ites” possíveis. Para os pais e as mães de pequenos, os cuidados nessa época do ano só aumentam, uma vez que seus filhos estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas características. Entre as principais infecções identificadas nos primeiros anos de vida estão os resfriados, a gripe e a bronquiolite.
De acordo com os pneumologistas, os resfriados são mais simples de serem identificados e contidos a tempo de evitar grandes desconfortos às crianças. Como os principais sintomas verificados não fogem muito do escorrimento de secreção nasal e da tosse, os cuidados necessários são de baixa complexidade, sendo preciso apenas atentar para manter a desobstrução e limpeza das vias nasais em dia e a hidratação sempre em alta. No entanto, reforça-se aqui a importância de “atacar” esse problema logo no estágio inicial, evitando que o quadro agrave-se para um caso de sinusite – quando o muco acaba acumulando-se e migrando para outras zonas da face localizadas nas proximidades da testa e das vias do nariz. Com a evolução para esse cenário, o tratamento passa a ser administrado com antibióticos.
Devido ao fato da gripe ser provocada pelo vírus influenza, sua ação assim que instalado no organismo tende a ser mais agressiva, ocasionando maiores desconfortos uma vez que seus sintomas vão de mal-estar até febre e dores no corpo. A vacina e o medicamento antiviral ainda são apontados como as formas de combate mais eficazes, além de manter-se sempre hidratado e com uma alimentação rica em nutrientes que estimulem o sistema imunológico. Contudo, vale ressaltar: todo o cuidado é essencial para evitar complicações como a pneumonia.
Provocada pelo vírus sincicial respiratório, a bronquiolite é conhecida por provocar crises de chiado no peito e falta de ar, podendo resultar em insuficiência respiratória devido ao acúmulo de líquido nos pulmões e da obstrução das vias aéreas. Uma das características dessa infecção é a sua autolimitação – o vírus age no organismo atendendo ao seu ciclo e depois passa. É por esse motivo que não existe um tratamento específico para a doença, ficando o combate direcionado apenas aos sintomas. Por exemplo: se há manifestação de febre, ataca-se com antitérmico. Como nos casos citados anteriormente, também existe o risco da complicação e evolução para uma situação mais grave como a pneumonia, logo, o acompanhamento médico faz-se fundamental.
Como evitar?
Como diz o clichê “prevenir é melhor do que remediar” e, sim, quando se fala na saúde dos pequenos, esse cuidado constante é muito bem-vindo. Assim, a melhor forma de garantir o bem-estar das crianças é seguir as recomendações já tradicionais: evitar a permanência em locais fechados, sem circulação de ar e com grandes aglomerações de pessoas – principalmente nos dois primeiros anos de vida. Atentar para manter a imunização sempre em dia, contanto com as carteirinhas de vacinação sempre atualizadas; prezar pela alimentação de qualidade, rica em vitaminas e nutrientes fundamentais; criar hábitos de higienização que os motivem a evitar o contato das mãos sujas com regiões das mucosas, bem como adotar o uso do álcool gel; estimular a ingestão de líquidos… Lembre-se: muitos são os fatores que podem acabar deixando um indivíduo mais vulnerável às alterações climáticas, por isso, a inserção de uma rotina de hábitos saudáveis desde cedo contribui para o desenvolvimento do seu filho.