8 exames que um bebê recém-nascido precisa fazer

Na rotina das maternidades, o recém-nascido recebe todo o cuidado necessário para o seu melhor desenvolvimento. Os exames feitos logo após o nascimento do bebê ajudam a detectar precocemente doenças que não costumam apresentar sintomas imediatos.

Conheça alguns exames e para que servem:

Teste do pezinho básico

É um exame obrigatório, disponível pela rede pública de saúde. É feito em laboratório com amostra de sangue retirada do calcanhar do bebê ou de uma veia. Esse exame serve para detectar as seguintes patologias:

PKU – doença causada por deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina, que ao se acumular no organismo lesiona o cérebro e provoca retardo mental. É incurável, mas uma dieta alimentar evita seu desenvolvimento.

TSH ou T4 – aponta hipotireoidismo congênito, que é a insuficiência do hormônio da tireoide, necessário ao desenvolvimento do sistema nervoso. Pode ser tratada com reposição do hormônio.

IRT – detecta fibrose cística, que ataca pulmões e pâncreas. É incurável, mas pode ter efeitos amenizados com tratamentos precoces.

Hemoglobina – indica doenças sanguíneas, entre as quais a mais comum é a anemia falciforme. Trata-se de uma alteração da hemoglobina que dificulta a circulação, causando lesões nos órgãos. É incurável, mas pode ser amenizada com tratamentos precoces.

Teste do pezinho ampliado

É uma série de exame para identificar até 30 doenças, desde problemas genéticos e metabólicos até doenças infecciosas como a toxoplasmose. É feito a partir de coleta de sangue do calcanhar ou da veia. Não é obrigatório e não está disponível pela rede pública de saúde, mas pode ser solicitado ao pediatra uma requisição para a realização do mesmo.

Tipagem sanguínea

Esse exame serve para saber qual o tipo sanguíneo do bebê, é importante para o caso de emergências médicas. É um exame obrigatório e realizado pela rede pública de saúde.

Teste da linguinha

O teste da linguinha é um exame que possibilita diagnosticar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua que podem comprometer as funções exercidas pela mesma: sugar, engolir, mastigar e falar. É um exame que pode ser realizado pela rede pública de saúde.

Teste da orelhinha

Serve para detectar problemas auditivos leves ou graves, normalmente a fonoaudióloga coloca no bebê um aparelho similar a um fone de ouvido, ligado a um equipamento que produz estímulos inaudíveis que identificam traços de surdez. É um exame obrigatório e disponível pela rede pública de saúde.

Teste do olhinho

É um exame para detectar alterações oculares e prevenir qualquer problema ocular que possa surgir futuramente. É feito na primeira semana de vida do bebê, o médico direciona um feixe de luz nos olhos da criança. Se eles forem saudáveis, emitirão uma cor avermelhada e contínua. Não é um exame obrigatório, mas é oferecido pela rede pública de saúde.

Teste do coração

Serve para detectar doenças cardíacas como defeitos nas válvulas do coração. O procedimento é feito com um aparelho chamado oxímetro que é colocado no membro superior direito e no membro inferior esquerdo do bebê para avaliar a oxigenação do sangue. Se o equipamento apontar grande diferença de parâmetros entre um membro e outro, a criança pode ter algum problema cardíaco e, a partir disso, outros exames serão solicitados. Não é um exame obrigatório, mas pode ser solicitado. Em algumas cidades é oferecido pela rede pública de saúde.

Teste do quadril (Manobra de ortolani)

É um exame oferecido pela rede pública e serve para detectar problemas no quadril, como encurtamento do membro e osteoartrose precoce, que destrói a cartilagem que reveste o osso. O exame é simples, o médico movimenta as pernas e o quadril do bebê para identificar a normalidade. Se perceber algum problema, outros exames são solicitados. Não é um exame obrigatório.

Os testes de olhinho, orelha, língua, coração e quadril são feitos antes do bebê sair da maternidade, assim, quando ele recebe alta do hospital já está com muitos exames concluídos.

Cada um desses exames é importante para prevenir eventuais problemas que o recém-nascido possa desenvolver, contribuindo para que o bebê cresça saudável e protegido desde os seus primeiros meses de vida.


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