Teste da orelhinha – dê ouvidos ao direito do seu filho!

Por Rayane Nascimento – Fonoaudióloga

O que é o Teste da Orelhinha?

O teste da orelhinha é um exame auditivo obrigatório (Lei nº 12.303/2010), realizado em todos os recém‐nascidos, e tem como objetivo detectar precocemente a perda auditiva (surdez).

Quando o bebê falha no teste, não significa necessariamente que ele tenha perda auditiva, pois vestígios de água do parto na orelha externa podem alterar o resultado. Por este motivo, sempre que houver alguma alteração no exame é importante realizar um reteste depois de alguns dias, para confirmar o resultado. Caso se confirme a alteração, o recém‐nascido é encaminhado para avaliação completa da audição e reabilitação auditiva quando necessário.

Vale ressaltar que o fato de o bebê passar no teste da orelhinha não garante que ele sempre ouvirá bem, pois pode ocorrer uma perda de audição tardiamente. Sendo assim, é muito importante que a família esteja sempre atenta ao comportamento da criança, e leve ao médico caso suspeite que ela não está ouvindo bem.

Como e quando é realizado o Teste da Orelhinha?

No HNSA o teste da orelhinha é realizado pela fonoaudióloga no turno da manhã, de segunda a sexta-feira na maternidade, antes da alta hospitalar, em todos os bebês que já completaram 24 horas de vida. Os recém-nascidos que têm alta nos finais de semana e não realizaram o exame na sexta-feira, são agendados para retorno no ambulatório de especialidades do hospital, geralmente na semana seguinte a alta hospitalar.

Para realizar o exame é colocado um “fone de ouvido” na orelha do bebê, e o aparelho ligado a ele emite sons específicos que geram uma resposta do ouvido interno quando a audição está normal. O teste não dói e deve ser realizado, preferencialmente, no primeiro mês de vida do bebê, que deverá estar tranquilo e em um ambiente silencioso.

Por que é importante realizar o Teste da Orelhinha?

A integridade da audição é fundamental para o desenvolvimento adequado da linguagem da criança e de suas relações sociais. Sendo assim, quanto mais cedo uma perda auditiva é detectada, mais efetiva será a reabilitação, seja ela através de tratamento médico (quando possível) ou de aparelhos auditivos.


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